ALVITO, ILUSTRE CONCELHO
+WIK.jpg)
Alvito, rosto de cal,
ruas alvas, limpas, calmas,
Alentejo ao natural,
reconforto para as almas.
Pórticos manuelinos
nas ruas bem alinhadas.
Um povo que inspira hinos,
letras em grave cantadas.
O solar acastelado
(hoje em dia é pousada):
por Dom João ideado,
de Dom Manuel morada.
Mãos de canteiros maurescos
deram edificação
de retoques pitorescos
ao Santo Sebastião.
Estrutura quinhentista
na Greja de Santo António;
o estilo renascentista
na matriz do património.
O solar de Água de Peixes,
eco das “cortes de aldeia”.
Relógio de sol não deixes
de ver, quedo, a ganhar teia.
Oliveiras centenárias
são esculturas caprichadas
e as hortas refractárias
têm terras amanhadas.
A barragem tem no meio
ilhotas a flutuar;
para muitos é recreio
onde se aprende a pescar.
De “alvitre” o nome provém
quando um touro que escapou
preso por dois homens vem:
“Alvitre!” o povo gritou.
De São Roque, bela herdade,
Alvito tem descendência.
De Estêvão Anes saudade
por anexar com prudência.
Da primeira baronia
foi sede em Portugal.
Vila Nova é freguesia
com um nome original.
Em Vila Nova, a capela
de azulejos coloridos
e também passam por ela
comboios esbaforidos.
À vista, os pelourinhos,
um em cada freguesia,
onde pousam passarinhos,
castigos em demasia.
Raul de Carvalho é
o poeta natural
deste concelho de fé
com ermidas sem igual.
Coisas em pele e bordados
o artesanato são.
Migas, gaspacho, ensopados,
presunto, enchidos e pão.
Festas da Vila em Agosto,
Feira dos Santos, Novembro,
graças p’ra todos os gostos
desde Janeiro a Dezembro.
Alvito é de visitar
já que mui há para ver.
Um concelho a explorar,
património a não perder.
Virgínia Mareco
Foto Portuguese-Eyes - Wik
Sem comentários:
Enviar um comentário