Regresso...

Regresso
Saudoso, carregando desenganos,
As ruas do passado, piso em vão;
Elas, não se alteraram com os anos…
Ficaram sempre iguais… eu é que não!
Voltei à “fonte nova” e bebi água,
Matei a minha sede e a saudade,
No tanque, fui lavar a minha mágoa,
De não poder voltar à mocidade.
Imagens trazidas do passado,
Lestas, venceram tempos e distância,
E nas pedras do “muro do mercado”,
Trauteei, as canções da minha infância.
A “rua do castelo” quis descer
P’ra me quedar em frente à velha escola,
E sentei-me no pátio, a reviver…
Os sonhos que carregava na “sacola”.
E ao percorrer as ruas, solitário
Imaginei ouvir, com muita pena,
De fronte da “Capela do Calvário”…
O choro de “Maria Madalena”!
Orlando Fernandes (Alentejo… e outros poemas)
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