04/09/2007

Horas de Solidão

Foto de Alo Suursaar


Na torre, batem as horas.
Nem viv'alma pelas ruas!
Amor, por que te demoras
e esta saudade acentuas?


No meu peito dói a espera!
Um nó me aperta a garganta!
Não pode haver primavera
se o passarinho não canta!...


Se o passarinho não canta,
não pode haver primavera!...
Um nó me aperta a garganta!
No meu peito dói a espera!


Nos campos não há trigais.
E sem trigo não há pão!
Meu amor, não tarde mais,
que morro de solidão!


José-Augusto de Carvalho
(Viana do Alentejo)

8 comentários:

Isamar disse...

Um poema muito bonito perpassado pela solidão, pela nostalgia, pelo imenso desejo de que o amor retorne.
Beijinhos

vieira calado disse...

Da boa poesia com o selo do Alentejo!
E a música servida também me faz bem à alma.
Um abraço.

Conceição Paulino disse...

quando li as primeiras letras pensei k era um poema da Florbela. Muito próximos.
Bjs
Luz e paz

Goticula disse...

Lindo poema! Desconhecia este poeta.
bjs

Eremit@ disse...

Fraterno abraço e bom fim-de-semana

SEMPRE disse...

Neste blogue eu encontro o amor à terra, a solidariedade e as raízes, a preocupação com a natureza e tantos outros valores fundamentais. Por isso te escolhi para seres um dos meus 10 da corrente da amizade.
Saudações amigas

vieira calado disse...

Obrigado, amigo, pela sua visita e palavras.
Um grande abraço.

De Amor e de Terra disse...

Tão simples e tão belo!
Está lá tudo, primorosamente colocado no sítio certo e somente o necessário para lhe dar beleza.
Muito obrigada pela partilha; é tão bom conhecer! E parabéns pela escolha!

Bj

Maria Mamede

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